sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Justiça vence outra vez

     Confesso que gostaria de ver esses quadrilheiros que assaltaram os cofres do país atrás das grades, desde já. Mas admito que seria uma decisão extremamente dura, tendo em vista que, de fato, não há a hipótese de eles fugirem. Pode ser, até, que um desses celerados pegue um avião para Recife e obrigue o piloto a desviar a rota para Havana, ou Caracas. Mas é bastante improvável.
     É melhor que continuem por aqui, gozando os últimos meses de liberdade, como testemunhas de que houve, há e haverá Justiça ne caso que envolve bandoleiros de vários matizes. Pode ser que algum idiota entenda a decisão do ministro Joaquim Barbosa como uma vitória da reação protagonizada por esse lastimável ainda presidente da Câmara, o petista gaúcho Marco Maia.
     Não foi. A Justiça, através do presidente do STF, deu mais um exemplo de independência e coerência. Mostrou a um bando de vigaristas ideológicos que não houve qualquer perseguição aos petistas bandoleiros. Durante o julgamento, cumpriu-se a Lei, num processo absolutamente transparente, largamente estudado e discutido pela mais alta Corte do País. Ao fim, são respeitados os trâmites legais.
     Assim como festejamos (nós, os decentes) a condenação dos assaltantes do PT e de seus asseclas, devemos respeitar a recentíssima decisão do presidente do STF, mesmo que ela não nos agrade emocionalmente. É assim que a democracia funciona.
     O Supremo, ao fim de um ano difícil, sai engrandecido. O Congresso, mais uma vez, como vem acontecendo recorrentemente, surge como uma das instituições menos respeitadas pela população. Joaquim Barbosa fica como um exemplo de dignidade. Marco Maia só será lembrado por sua mediocridade. Como um dos símbolos de uma era de permissividade como jamais houve na nossa história.

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