segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A guerra suja dos bandoleiros

     A guerra imunda contra o Supremo Tribunal Federal, deflagrada pelos assaltantes de cofres públicos dessa Era Lula e seus asseclas de todo os tipos e preços, parece não ter limites na sua indignidade e canalhice. Já não se limita às estrebuchadas dos quadrilheiros prestes a ir para a cadeia - as tais prisões medievais que o PT descobriu que existem e que me parecem perfeitas para a nova leva de bandidos que serão enjaulados.
     Eu até entendo quando José Dirceu, o ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Lula (o chefão de todos, inclusive da agora notória chefe de gabinete da Presidência da república em São Paulo, Rosemary Nóvoa), esperneia e se classifica como um 'prisioneiro político'. Não deve ser fácil, realmente, alguém saber que vai passar os próximos anos em uma cela. Principalmente quando esse alguém tinha a plena convicção da impunidade, alimentada pela arrogância.
     Também compreendo a desilusão do ex-presidente petista, José Genoíno, e dos seus demais correligionários e comparsas de outros partidos. Todos estavam convictos que viviam num país sem leis, ou de leis manipuláveis em benefício dos detentores do poder, como acontece nas ditaduras mais vagabundas - sejam elas de fato (como as coreana do norte e cubana) ou de direito (como a venezuelana e a iraniana) - e nas democracias bananeiras, como os lamentáveis regimes peruano e boliviano.
     Todos roubaram e continuaram roubando apostando em um misto de impunidade e imunidade eventualmente conferido pela votação popular. Algo como "sou ladrão, sim, mas com o apoio do povo". Os primeiros meliantes foram soterrados pelas suas próprias ilicitudes. Há outros, muitos, na lista de espera. O mais recente caso de corrupção nas suítes e alcovas do poder é, apenas, mais um. Como escrevi há alguns dias, o Brasil vem sendo administrado por ladrões.
     Não é de se estranhar, portanto, que criminosos pegos com as duas mãos nos cofres da Nação despejem seu ódio contra os juízes que os condenaram. Em alguns casos, temos assistido a atentados contra magistrados. Aterrador, de fato, é o congraçamento entre bandoleiros e personagens que, em tese, deveriam lutar pelo primado da decência.

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