segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Publicidade e realidade

     Duas notícias sobre gastos do Governo do Estado do Rio de Janeiro exibem um perfil não muito favorável da atual administração. Segundo o Estadão, com base em dados oficiais, as despesas com publicidade no primeiro mandato de Sérgio Cabral, de 2007 a 2010, chegaram a R$ 163, 4 milhões, 35% a mais do que sua antecessora no cargo, Rosinha Garotinho, descontada a inflação.
     Já O Globo informa que o estado decidiu dar um aumento de 3,5% para seus professores, ainda em greve. Considerando-se que o professor estadual do Rio de Janeiro é um dos mais mal pagos do país - em torno de R$ 800 líquidos para os iniciantes -, podemos concluir que esse percentual vai resultar apenas em alguns trocados, insuficientes para amenizar a situação de penúria do magistério.
     Esses números mostram que alguma coisa está errada na lista de prioridades oficiais. Há pouco tempo, convivemos com a revolta dos bombeiros, apoiada por policiais militares. Médicos e servidores da área de saúde em geral reclamam do salário irrisório, desestimulante por si só. Os professores continuam em greve. Há, constata-se, uma enorme diferença entre o real e o imaginado pelas agências de publicidade e propaganda.

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