Acompanho futebol há muitos anos. Vi de tudo um pouco e um pouco de tudo. Mas confesso que não lembro de ter assistido a uma cena semelhante à de ontem, no jogo em que o Atlético Mineiro perdeu para o Figueirense (2 a 1).
O time de Santa Catarina vencia por 2 a 0 quando, logo no início do segundo tempo, o meio-campo Dudu Cearense, que acabara de entrar, fez o gol atleticano, de cabeça. No prosseguimento da jogada, bateu com violência contra a trave e saiu de campo para ser atendido.
Como o técnico Dorival Júnior, que foi demitido hoje, fizera três modificaçõs no intervalo, o atleta, mesmo contundido e dizendo que não tinha condições de jogar, foi compelido a voltar para o campo e, ao menos, fazer número, na frente.
Sem a menor condição, Dudu mal conseguia andar e demonstrava sua insatisfação a cada instante. Essa situação absurda durou pelo menos vinte minutos, até que o jogador foi autorizado a sair. Os torcedores, magoados com a derrota (mais uma ...), e estimulados pela decisão da comissão técnica, não perdoaram e vaiaram muito o jogador, sem razão.
Ficou claro que o técnico demitido, na ânsia de mostrar serviço, expôs o atleta a riscos injustificáveis, com a conivência dos médicos atleticanos. Uma atitude absolutamente reprovável e que depõe contra os princípios básicos do esporte.
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