sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Lula e os militares

     "Se a presidente Dilma escolheu o Celso Amorim é porque ela sabe que o ex-chanceler tem condições de fazer um bom trabalho. E se o Amorim aceitou o cargo, é porque ele sabe que pode fazer um bom trabalho."    
     O autor dessa mais absoluta mesmice, divulgada pelo Estadão, não poderia ser outro. É ele mesmo, o ex-presidente Lula, que ainda aproveitou a entrevista, realizada em Bogotá - onde fez 'palestra' durante o programa Nutrição Infantil para Prosperidade de Todos, da Fundação Êxito, uma organização não-governamental - para dar uma alfinetada nos militares que estariam insatisfeitos com a indicação do novo ministro da Defesa, Celso Amorim: "Não cabe aos militares gostar ou não gostar de uma indicação da presidente da República", teria dito.
     Sou obrigado a concordar com o ex-presidente mais falante de todos os tempos, mas apenas em parte. Ninguém é obrigado a gostar do chefe. Mas todos nós temos o direito, sim, de não gostar, desde que esse sentimento não interfira no relacionamento profissional.
     E isso ficou claro nas 'declarações' de chefes militares que foram surgindo, anonimamente, nos diversos meios de comunicação. A hierarquia será preservada, independentemente de quem ocupe o cargo de ministro da Defesa. Mesmo que seja o ex-chanceler mais contestado da história das relações exteriores brasileiras.

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