Em um misto de 'mea culpa' - por pecados passados, em especial - e compromisso com o futuro, as Organizações Globo divulgaram, com destaque a política que define seu compromisso com a notícia, com o bom jornalismo, isento e aberto ao contraditório. A informação precisa foi anunciada como requisito inegociável.
Acredito que essa declaração de princípios chega em boa hora, quando o país sangra vitimado por seguidos e comprovados casos de corrupção no primeiro escalão do governo. Não há espaço para manipular ou minimizar escândalos. Tampouco para transformá-los em objeto de chantagem.
O direito à informação isenta e objetiva deve ser preservado a qualquer custo, independentemente do governo, do governante de plantão ou dos pendores ideológicos do profissional encarregado de transformar os fatos em notícia.
O espaço para a opinião, no entanto, deve ser preservado e valorizado. Veículos de comunicação (e como tais devemos entender seus dirigentes) devem ter a dignidade de deixar bem claras suas preferências no campo político-ideológico. Um dos exemplos recentes de respeito ao público foi dado pelo jornal O Estado de São Paulo, que declarou sua opção pelo candidato da oposição nas últimas eleições.
Atitudes como essa contribuem significativamente para a transparência exigida num regime democrático. Principalmente - como é o caso do Estadão - quando não interferem no conteúdo de sua matéria-prima.
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