Eu não tenho a menor dúvida: praça pública é aquela em que eu posso ir sem ser assaltado; posso sentar nos bancos; andar pelos jardins; ver crianças correndo à vontade; mães e babás sem medo. Praças públicas, para mim, são limpas e agradáveis, locais onde não há infelizes fazendo sexo ao ar livre, brigando, defecando.
Sabem quem faz discursos demagógicos contra a proteção oferecida pelas grades? Quem não precisa passar pela 'nova' Praça Tiradentes. Quem passeia pelos Jardins das Tulherias, em Paris (não confundir com a Praça Paris). Quem 'bate perna' pela 5ª Avenida ou pelas 'ramblas' de Barcelona.
A liberdade da ausência das grades exige a contrapartida do Estado, que não pode se omitir no apoio social às populações de rua, aos menores infratores. Estado que deve combater a criminalidade, a apropriação das áreas públicas pelos mafuás que se espalham impunemente pela cidade.
É muito cômodo - é um discursozinho fácil e vagabundo - discutir a democratização dos espaços públicos dentro de salas com ar-condicionado e apartamentos de luxo em condomínios com segurança total. Comportamento muito comum no que já se chamou um dia de "esquerda festiva", mas que não passa do mais vulgar estelionato ideológico.
Oi Marco,
ResponderExcluiré por isso que eu gosto de viver em S.M. Madalena. Tem praças limpas, gostosas, seguras -e sem grades. Civilização é isso.
Eu trocaria, sem dúvidas, nossas praças abandonadas pela paz de uma cidade como a sua.
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