quinta-feira, 11 de agosto de 2011

As praças públicas

     Eu não tenho a menor dúvida: praça pública é aquela em que eu posso ir sem ser assaltado; posso sentar nos bancos; andar pelos jardins; ver crianças correndo à vontade; mães e babás sem medo. Praças públicas, para mim, são limpas e agradáveis, locais onde não há infelizes fazendo sexo ao ar livre, brigando, defecando.
     Sabem quem faz discursos demagógicos contra a proteção oferecida pelas grades? Quem não precisa passar pela 'nova' Praça Tiradentes. Quem passeia pelos Jardins das Tulherias, em Paris (não confundir com a Praça Paris). Quem 'bate perna' pela 5ª Avenida ou pelas 'ramblas' de Barcelona.
     A liberdade da ausência das grades exige a contrapartida do Estado, que não pode se omitir no apoio social às populações de rua, aos menores infratores. Estado que deve combater a criminalidade, a apropriação das áreas públicas pelos mafuás que se espalham impunemente pela cidade.
     É muito cômodo - é um discursozinho fácil e vagabundo - discutir a democratização dos espaços públicos dentro de salas com ar-condicionado e apartamentos de luxo em condomínios com segurança total. Comportamento muito comum no que já se chamou um dia de "esquerda festiva", mas que não passa do mais vulgar estelionato ideológico.

2 comentários:

  1. Oi Marco,
    é por isso que eu gosto de viver em S.M. Madalena. Tem praças limpas, gostosas, seguras -e sem grades. Civilização é isso.

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  2. Eu trocaria, sem dúvidas, nossas praças abandonadas pela paz de uma cidade como a sua.

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