sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Botando o bloco na rua

     O ex-presidente Lula formalizou em Belo Horizonte, num discurso para a companheirada, a decisão de participar ativamente das próximas eleições, ano que vem. Vai viajar pelo país, para dar apoio aos candidatos do seu partido às prefeituras e câmaras municipais.      "Se preparem porque vai ter eleição no ano que vem, e eu vou começar a viajar o Brasil para fazer campanha. Eu apenas deixei a Presidência, mas não deixei a política", disse, e a Folha registrou.
     Tem todo o direito. Até mesmo de usar o pronome oblíquo átono 'se' antes do verbo, no início da oração. Afinal, isso é um 'brasileirismo' e ele estava usando linguagem coloquial.
     Afinal, ele é o principal nome do mundo político brasileiro, queiramos, ou não. Teoricamente longe do Poder, Lula pode exercer livremente sua liderança, pedir votos, participar de comícios, desfilar em trio elétrico, beijar criancinhas, afagar idosos.
     Só não poderia ter feito tudo isso - e mais alguma coisa - durante seus dois mandatos. E ele fez, conspurcando o cargo, reduzindo a Presidência da República, abrindo mão da liturgia exigida no exercício da função mais importante do país.

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