domingo, 7 de agosto de 2011

Descortesia presidencial

     Se há algo que me incomoda há muito tempo no noticiário envolvendo a presidente Dilma Roussef - entre muitas outras coisas - é essa condescendência com a estupidez com que ela trata os que a cercam, sejam eles ministros ou políticos em geral. Grosserias, desrespeito explícito, gritos, socos na mesa e quetais não deveriam fazer parte do perfil do mais alto funcionário da República. E, fazendo, merecerem as críticas que seriam feitas a ao chefe de portaria de um edifício, se assim agisse com seus subordinados.
     Não há desculpas para a falta de educação no trato. Respeito não se consegue com pancada. No máximo, medo, subserviência. Até mesmo tratadores de animais há muito tempo abandonaram as práticas violentas que usavam para disciplinar seus pupilos. As chapas quentes que 'ensinavam' ursos a dançar foram substituídas por estímulos, carinho - isso, onde ainda é permitido explorar animais. As domas de potros, ensinou ao mundo um famoso vaqueiro americano, são feitas com calma e recompensas. O chicote foi aposentado.
     A descortesia com que a presidente presenteia seus auxiliares deveria ser repudiada. Atitudes assim, na sua grande maioria dos casos, exprimem apenas insegurança e falta de liderança. Assim como a aceitação passiva dessas demonstrações de descontrole não deveriam ser admitidas pelas 'vítimas', responsáveis pela gerência do país.
     Chega a ser ridículo ler, como hoje, em O Globo, que ministros têm pavor de serem chamados à atenção pela presidente. Ou que um general foi barrado grosseiramente quando ia entrar elevador do Palácio, ao seu lado. São atitudes que envergonham o país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário