Sétimo dia – Mudanças e expectativas
Ponte Alta do Tocantins e Alto Paraíso de Goiás – Uma mudança compulsória de planos reduziu nossa incursão ao Jalapão – e consequentemente, meus reencontros com as Dunas e o Fervedouro - a três dias. A segunda parte do projeto inicial ficou para outra oportunidade. A descoberta da Praia do Araçá e os `mergulhos` na Cachoeira da Fumaça e Rio Soninho, no entanto, compensaram a frustração da mudança de planos.
A praia do Rio Ponte Alta e a antiga ponte de madeira, símbolo da cidade |
Frustração que só não foi maior graças às lembranças das viagens anteriores, ainda muito fortes: a imponência da Cachoeira da Velha, no Rio Novo, com sua sequencia de quedas que remetem às Cataratas do Iguaçu; a beleza das Dunas, formadas pela decomposição da onipresente Serra do Espírito Santo; e a emocionante aventura proporcionada pelo Fervedouro, onde é impossível afundar.
Outra boa surpresa foi encontrar a cidade de Ponte Alta com uma aparência renovada. Logo na entrada, para quem chega de Porto Nacional, um estádio de futebol e uma praça novos mostram que alguma coisa mudou,para melhor. As ruas de terra ganharam asfalto e meio-fios pintados. O ‘lado de lá’ (*) do rio que divide a cidade também ganhou uma praça. Há, até, sinalização de trânsito, indicando os caminhos corretos.
A praia da cidade, entre as duas pontes (uma das quais de madeira, antiga e simbólica) está urbanizada e iluminada. A cidade continua se ressentindo, entretanto, de opções para refeições. Mas não há risco de o turista 'passar fome'. O bar do Beleco funciona todos os dias, assim como a lanchonete Pit Stop, do 'seu' Salomão, um dos oito irmãos de José Arilon, dono da Pousada Vereda das Águas, ambos em frente ao Rio.
Melhorou, também, e muito, a – digamos – ‘ordem’ na cidade, graças, em especial, à atuação do novo representante da Justiça, um jovem promotor comprometido com o que ele mesmo classificou de “ideais”.
Rumo à Chapada – Com a mudança de planos, saímos cedo de Ponte Alta, a caminho de Alto Paraíso de Goiás e uma parada estratégica na Chapada dos Veadeiros, outro paraíso ecológico. Optramos pela estrada que passa por Pindorama e termina nas proximidades de Natividade, já na Rodovia Coluna Prestes.
O EcoSport foi obrigado a enfrentar barro e buracos, mas também atravessou belas paisagens |
Não foi uma boa escolha. Os quase 40 quilômetros de asfalto e a economia de 150 quilômetros no percurso não compensaram o desgaste da buraqueira e dos desvios provocados pelas obras que estão sendo realizadas na região. Mas serviram para comprovar a eficiência do EcoSport em terrenos realmente off road.
Na rodovia, longas retas com asfalto perfeito e enormes armadilhas (buracos em profusão) dividiram-se ao longo de oito horas de condução. Outro teste para a resistência do veículo e a paciência dos motoristas.
Que o sábado reserve bons momentos na Chapada.
Que o sábado reserve bons momentos na Chapada.
(*) O asterisco remete a uma lembrança de 2008, pouco antes das eleições, vencidas justamente pelo atual prefeito, Cleiton Maia. Na campanha, Maia critica o prefeito da época, com versos bem claros e objetivos: "No lado de lá, a coisa tá feia; no lado de cá,o povo leva peia". Mais claro, impossível.
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