No atual governo, ficamos sabendo, dizer a verdade é motivo de punição. Ou será que alguém - razoavelmente informado e desvinculado do esquema de poder - tem alguma dúvida sobre as enormes limitações da ministra das Relações Institucionais, a ex-senadora Ideli Salvatti? Ou sobre a absoluta inexperiência da ministra da casa Civil, Gleisi Hoffmann? O quase ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim - aquele mesmo que se fantasiou de general algumas vezes -, apenas verbalizou um sentimento comum a quem acompanhou, em especial, as atuações da ministra Ideli nos seus oito anos no Senado.
Sempre aos gritos, atropelando concordâncias e fatos, dedo em riste, a atual ministra das Relações Internacionais notabilizou-se pela defesa apaixonada do seu líder, o ex-presidente Lula, e dos mensaleiros, cuequeiros e falsificadores de dossiês que infestam esse país há oito anos e meio. Nos discursos inflamados, os pensamentos não coincidiam, os sujeitos estavam sempre nos lugares errados.
Em uma de suas últimas aparições nacionais, antes de ser elevada ao cargo que ocupa, pode ser vista 'puxando' o coro de parabéns para o ex-presidente, após declinar mais uma vez sua admiração ilimitada pelo aniversariante, com frases tortuosas. Uma cena constrangedora até mesmo para os padrões petistas, acreditem, e que pode ser revista nesses arquivos que circulam pela rede.
Provocado a comentar as críticas de Jobim, Lula - segundo a Folha - teria dito que não compreendia o ex-auxiliar e que é "muito mais fácil falar bem das pessoas". Logo ele, que construiu grande parte de sua carreira sobre difamações.
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