segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Não há paz no Oriente Médio

     Os conflitos políticos no Oriente Médio voltaram a ocupar um lugar de destaque no noticiário internacional, especialmente em função dos últimos incidentes na Síria, onde tropas do governo teriam matado ao em torno de 150 pessoas em dois dias de conflito com manifestantes contrários ao presidente Bashar al-Assad.
     Na Líbia do também ditador Muamar Kadafi, apesar da intervenção dos organismos internacionais, os confrontos continuam, sem que se vislumbre um resultado a curto prazo. Kadafi sangrou, literalmente, ao que consta, mas vem conseguindo resistir à onda de revolta que atinge o país há vários meses.
     No Egito, que vivia uma espécie de paz controlada, após a derrubada do ditador Hosni Mubarak, novas manifestações de insatisfação foram registradas no fim de semana. O governo transitório, dominado pelos militares, é acusado de retardar a implantação das reformas exigidas pela população.
     Há uma grande expectativa no país quanto ao começo do julgamento do ex-ditador e de um grupo de auxiliares diretos, acusados de usar força excessiva contra manifestantes (morreram mais de 800 pessoas), marcado para depois de amanhã e que deverá ser transmitido ao vivo pela televisão egípcia.
     Esse conjunto mostra claramente que a região está longe da paz e exibe, paralelamente, a pouca eficácia das decisões tomadas pela ONU e a divisão entre as grandes potências que fazem parte do Conselho de Segurança quanto às medidas que devem ser tomadas.
     O mundo, assustado com a crise econômica que ameaça até mesmo os Estados Unidos, havia esquecido o sofrimento e a violência que ainda persistem no Oriente Médio. O último massacre sírio reacendeu nossa memória recente.

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