quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O 'segredo de Fátima'

     Não sei se meu antigo companheiro do Jornal do Brasil, José Nêumanne Pinto, esperava a repercussão provocada pela sua constatação de que o ex-presidente Lula nunca foi de esquerda. Foi como se Nêumanne - que está lançando seu livro 'O que sei de Lula' - tivesse revelado um dos 'segredos de Fátima'.
     Lula, pela extrema limitação, nunca foi nada, a não ser uma espécie de malandro de filme mexicano. Neumanne teve a coragem dizer mais ou menos isso, destacando, no entanto, a enorme capacidade política do seu retratado. Capacidade que, no caso brasileiro e sob a minha ótica, não quer dizer muita coisa. Ou quer, dependendo da avaliação que se faça.
     Diversionista, capaz de dizer e se desdizer a qualquer momento, dependendo do interesse imediato, o ex-presidente, sem dúvida, é um ótimo comunicador. Se optasse pela pregação religiosa ou por vender produtos paraguaios falsificados, também seria imbatível. Na verdade, sua performance nos palanques - inflamado, vermelho, andando de um lado para o outro, atacando os demônios que ele mesmo inventa - remete claramente à imagem de um desses vigaristas que montam palcos nas praças públicas. Ou a um daqueles comerciantes do 'velho Oeste', que iam de cidade em cidade oferecendo tônicos que curavam todas as doenças.
     Não foi por acaso que Lula escapou da cassação de seu mandato, quando do escândalo do Mensalão, e das recorrentes safadezas de marcaram seus dois governos. O Brasil, nessa fase de obscuridade política, foi manipulado conscientemente pelos donos do poder, que alimentaram a separação e jogaram as diversas classes sociais numa espécie de vale-tudo, repleto de golpes abaixo da linha da cintura.
     Lula mediocrizou o povo, usando as técnicas mais repulsivas dos discursos vazios de conteúdo, mas cheio de exortações.
     Neumanne, graças a seu vasto convívio político, exibiu a face real do político que manteve o país atrelado ao que há de pior no mundo. Uma de suas frases, na entrevista que concedeu ao jornal Globo, é quase definitiva: "O Lula administrou uma quadrilha chamada mensalão e a oposição não tem um cara para enfrentá-lo na eleição. Nunca houve um conciliador como ele".
     Se a frase fosse minha, trocaria apenas a palavra conciliador por algo como 'estelionatário ideológico'.

Um comentário:

  1. Lula sempre se comportou como um louco,um ditador que não tem qualidade,não tem conteúdo e sempre queria discursar...sobre o que?o Nada. Cada vez que o ouvia na mídia falando e gritando e suando, me dava uma agonia nas palavras,no nada. O povo aplaudindo, os políticos adorando,rindo pelas costas, quando ele falava de anedotas,tentava ser engraçado..eu ficava com vergonha quando ele abria a boca..Tantos escândalos foram saindo dos tapetes,fora outros que desconhecemos e o ex-presidente preocupado em agradar os menos favorecidos e esclarecidos (sem generalizar)com um discurso entre milhões com o mesmo objetivo: discurso vazio e, com o velho jorgão jornalístico, nariz de cera e que nareba.

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