A capacidade de desdizer o que havia dito pouco antes, negar até o fim, mesmo quando confrontado com provas irrefutáveis - uma das 'qualidades' do ex-presidente Lula -, a cada dia mais se mostra enraizada na turma companheira. Na pior das hipóteses, há sempre a possibilidade de recorrer a eventuais falhas de memória: "Eu não lembro", dizem os gajos apanhados com a mão na - digamos - massa.
Um número cada vez maior de pessoas ligadas ao Palácio do Planalto vem usando esse recurso há alguns anos, especialmente após o advento do Mensalão, o maior escândalo da história razoavelmente recente do país.
O esquecido da vez é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, marido da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Acusado de ter usado o avião da empreiteira Sanches Tripolini, que presta serviços ao Governo Federal e foi usado na vitoriosa campanha de sua mulher ao Senado (PT-PR), Bernardo garantiu - a senadores da Comissão de Ciência e Tecnologia - que não lembra do fato. Saída perfeita. Ele não nega, apenas diz que não se recorda.
As acusações contra o ministro foram publicadas na revista Época - e não na Veja - do fim de semana passado. A revista da Abril, acusada de ser 'inimiga' do Governo, reservou sua capa para o ex-ministro José Dirceu, destaque petista (o maior, depois de Lula), apontado como o 'poderoso chefão' do PT.
Duas revistas, de empresas concorrentes, com jornalistas diferentes. Em comum, no entanto, denúncias contra o maior esquema político/empresarial/cartorial já registrado nessa Nação. Sem falar nas recorrentes manchetes dos principais jornais brasileiros, responsáveis - também - pelas demissões de algumas dezenas de integrantes dos mais diversos escalões do Governo.
Não há terceira via: ou a imprensa, como um todo (incluindo centenas de jornalistas), é formada por desatinados; ou a 'Era Lula', que inclui o atual governo, é a mais indecorosa de todos os tempos.
Queria e muito que ´´esquecessem`` de pagar o políticos o valor vergonhoso e exacerbado do cargo que ocupam. Mas eles preferem esquecer a população que trabalham e os que contribuíram como os aposentados, isso eles esquecem. Esquecem dos pensionistas,onde vários participaram da guerra do país e como ninguém fica pra semente,a pensão ficou pra família que não vê reajuste há tempos..E os professores,classe importantíssima, que não têm o reconhecimento e ganham mal, isso eles esquecem. Queria muito que não lembrassem e reduzissem o valor dos políticos,e lembrassem de quem realmente faz acontecer e que votam.
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