Todos os problemas do Governo - a julgar pelo objetivo atual da ministra das Relações Intitucionais, ideli Salvatti - resumem-se numa questão: liberar as emendas dos parlamentares, para acalmar a 'base', essa entidade nebulosa que reúne o que há de mais nefasto na política brasileira.
Não há preocupação - pelo menos formal - com os seguidos escândalos envolvendo praticamente todo o arcabouço do que se convenciona chamar Governo Dilma. Se o dinheiro for liberado, volta tudo ao que era antes, garantindo-se a blindagem do sistema contra as tímidas investidas da Oposição em busca de uma iluminada CPI da Corrupção.
Até mesmo os desabafos contra o arremedo de faxina e a atuação da Polícia Federal ficariam esquecidos. Para acabar de vez com a insatisfação, bastaria o preenchimento dos cargos ainda em aberto nos terceiro e quarto escalões. Cargos que exercem uma atração enorme no PT, ávido por controlar toda a máquina, e não 'apenas' 80 por cento dela.
Os escândalos? Basta insistir na tática diversionista de desviar o foco da questão, como o Governo vem tentando, com relativo sucesso. Em vez de discutir a roubalheira, leva-se o debate para o uso de algemas. Simples assim. Isso aconteceu em todos os casos registrados nos últimos oito anos e meio. Quando a Polícia divulgou a foto da montanha de dinheiro que os 'aloprados' usariam para comprar dossiês falsos, a questão passou a ser a fotografia, e não o delito.
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