Uma notícia sem muita importância da Folha, que trata de funcionários públicos ainda menos importantes, oferece a oportunidade de exibir o grau de aparelhamento e o loteamento do Estado promovidos pelo Partido dos Trabalhadores.
Não tanto pelo fato em si - a possível demissão de três auxiliares da ministra da Secretaria Especial de Proteção à Mulher, Iriny Lopes (???), em função da briga pelo poder na 'corrente' Articulação de Esquerda, um dos muitos grupos que digladiam no PT -, mas pela simples existência dos cargos em questão.
Segundo a notícia, estariam ameaçadas de perder o cargo a subsecretária de Planejamento e Gestão Interna; a diretora de Programa da Subsecretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas; e a subsecretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas (os nomes não têm a menor importância).
Graças a uma briga interna, ficamos sabendo que existem essas três funções (???), e que a tal Secretaria Especial, além de 'proteger a mulher', acolhe de braços abertos a companheirada. Mais: descobrimos que há uma equipe inteira para articular ações temáticas, seja lá isso o que for.
Indo além, e tomando por base a estrutura média das demais secretarias, podemos imaginar quantos cargos e funções devem existir somente sob os olhares protetores e articulados da Dona Iriny.
Esse é o retrato do projeto de Poder do atual governo: de um lado, quadrilhas de assaltantes declarados dos cofres públicos; de outro grupos de estelionatários ideológicos que se beneficiam e participam direta (vide casos do Mensalão, dólares na cueca e compra de dossiês falsos, entre outros) e indiretamente da roubalheira.
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