O presidente da União da Indústria da Cana-de-açúcar, Marcos Jank, repetiu, à Folha, a advertência que os empresários vêm fazendo há algum tempo: o consumo de álcool hidratado deve cair ainda mais, em função da relação custo-benefício com a gasolina. Hoje, em praticamente todo o país, não vale a pena abastecer com álcool.
Até aí, não há novidade. Qualquer motorista sabe disso. A solução apontada por Jank, no entanto, é a mais simplória e cômoda possível: aumentar o preço da gasolina, para que o álcool volte a ficar vantajoso. E dar mais '"estímulos" aos produtores.
Ele não cogita, em momento algum, reduzir o custo do álcool hidratado, que sofreu aumentos abusivos nos últimos anos, preterido pela produção de açúcar, mais bem cotado e lucrativo no mercado externo.
Também não ficou envergonhado em argumentar que o preço da gasolina, no Brasil, é muito barato, por ser controlado pelo Governo. Se não fosse, então, quanto custaria encher o tanque? Será que ninguém lembra que a gasolina custava cerca de R$ 2 há alguns meses?
O fracasso do programa de álcool não é danoso, 'apenas', para o bolso do consumidor. Ele é drástico também para as condições ambientais. Mais gasolina representa mais poluição, pior qualidade de vida.
Novamente corremos o risco de assistir à morte de um projeto que gerou novas tecnologias e apontou para o consusmo sustentável de combustível.
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