terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nas águas do Jalapão (12)


Estradas de terra e vegetação de cerrado: destaques do Jalapão



Décimo dia - Um resumo da aventura

     Nos dois últimos dias da viagem de volta ao Rio, contamos com a conforto das estradas asfaltadas. Mesmo assim, um trecho em especial testou o conforto do modelo EcoSport SW4: a travessia da cidade de Campos Belos, em Goiás. A multiplicidade de buracos - absurda e indesculpável - exigiu quase tanto quando as costelas dos caminhos de terra.
     No Jalapão, mesmo, nos caminhos levam às suas atrações; o veículo pôde mostrar sua versatilidade, mas sofreu. Depois de quase mil quilômetros de terra e cascalho, onde a traseira insistia em ir em direção oposta à da frente,  algumas consequências: a direção, castigada pelo embate com lombadas, desalinhou.
     A vedação também sofreu com as nuvens de poeira vermelha. Em determinados trechos, o pó invadiu a cabine, deixando uma leva camada. Nos atalhos de acesso a determinados pontos, como a Praia do Araçá e a Cachoeira do lajeado, o predomínio era da areia. Afinal, a ciência conta que a região teria sido, há alguns milhões de anos, um vasto oceano.

Estradas desertas: a região tem uma das menores densidades demográficas do país: 0,61 habitante por quilômetro quadrado


     Nesses trechos, o acionamento da tração foi suficiente para superar os desafios. Mesmo nas partes em que os bancos de areia chegavam a cerca de vinte centímetros de altura, a utilitário da Ford passou com facilidade, embora raspando o fundo nas 'navalhas' formadas no meio do caminho.
     Além do conforto - necessidade, na região - da tração 4x4, o EcoSport pôde desfilar outros destaques. O motor foi um deles, tanto nas cidades quanto nas estradas. Nas cidades, ao sair de sinais, a deixava para trás, com muita facilidade, veículos de passeio, alguns com características esportivas. Nas estradas, o conjunto motor transmitiu a segurança necessária às incontáveis ultrapassagens, ambora um tanto beberrão: nossa melhor passagem, no último trecho chegou a 9,5 quilômetros por litro de gasolina.
     E o álcool? Assim como no Rio, em Minas, Brasília, Goiás e Tocantins não vale a pena usar o combustível alternativo. O preço não compensa. Pior para o meio-ambiente, punido pela falta de visão oficial.

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