sábado, 29 de setembro de 2012

PT esconde seus mensaleiros

     O ex-presidente Lula continua arrotando que o Mensalão de seu Governo não existiu, que tudo não passa de uma manobra das forças conservadores para desestabilizar o PT. O presidente do partido, um tal de Rui Falcão, não cansa de desafiar a decência, dando apoio aos quadrilheiros que assaltaram os cofres públicos. A turma que vive do dinheiro público - e há muitos por aí, capazes de vender não apenas o teclado, mas a alma - também repudia o julgamento, lança acusações vagabundas sobre o ministro Joaquim Barbosa e absolve a companheirada.
     Mas, quando o assunto é para valer - como no caso da eleição para a Prefeitura de São Paulo -, o PT faz todo o possível para não se ver associado aos chefes dos mensaleiros. Hoje mesmo o Partido dos Trabalhadores conseguiu, na Justiça, segundo a Folha, a suspensão de uma propaganda de tevê que junta no mesmo saco o candidato Fernando Haddad, José Dirceu, José Genoíno 'et caterva'.
     Afinal, a companheirada é inocente, ou não? O Mensalão do Governo Lula - o maior assalto institucionalizado aos cofres e à dignidade da Nação - é uma invenção dos reacionários, ou não? Se não existiu e todos os acusados são inocentes e puros, por que o medo de associá-los ao candidato do PT?
     Trata-se de mais uma das muitas vigarices ideológicas, mais um exemplo de covardia explícita, de empulhação. Dirceu e o resto da tropa são a essência do PT, sim. O ex-ministro da Casa Civil, em especial, mantém - embora afastado oficialmente - o domínio do partido, sua influência em todas as decisões. Não há decisão eventual da justiça eleitoral que acoberte essa verdade.

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