quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A estupidez 'religiosa'


     A discussão não passa pela religião, ou algo semelhante. Ela deve ser centrada na estupidez abismal que atinge a maioria absoluta da população do Oriente Médio, condenada há um par de séculos ao mais total obscurantismo. A reação de muçulmanos líbios ao filmete sobre o Profeta Maomé (uma obra vagabunda, de cunho panfletário e racista) expressa apenas o grau de indigência mental que prevalece na região ainda hoje e que é explorado criminosamente por lideranças religiosas.
     Somente a enorme ignorância explica esse tipo de reação a qualquer referência ao Profeta que, se vivo fosse, certamente condenaria o uso da violência, como todos os demais símbolos de todas as religiões o fizeram ao longo da história. Paralelamente à boçalidade que provocou a morte de quatro pessoas na Embaixada Americana na Líbia (entre elas, o embaixador Christopher  Steven, um liberal), há uma evidente exploração das massas pelos terroristas de sempre, assassinos sanguinários que usam o Islã na sua cruzada de intolerância.
     Os idiotas e fanáticos que produziram e divulgaram o tal filme são minoria no mundo ocidental, imperfeito, mas léguas à frente do império das trevas que prevalece no Oriente, fruto da exploração de antigos conquistadores e da inconsequência e ganância dos líderes atuais.
     A lamentar, como de hábito, a condescendência com a barbárie. Imaginemos um contraponto. Uma multidão de judeus invadindo a Embaixada do Brasil para trucidar nossos funcionários, pelo apoio ao Irã, por exemplo. A simples menção da possibilidade de invasão da Embaixada do Equador, em Londres, para prender o estuprador Julian Assange e enviá-lo à Suécia, para ser julgado, provocou reações histéricas.
     No caso da chacina líbia, há uma fila de pensadores prontos a colocar a culpa dos crimes no tal cineasta. Assim como ainda há aqueles que encontram justificativas para o ataque às Torres Gêmeas, há onze anos.

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