terça-feira, 11 de setembro de 2012

Presidente repete bobagens de seu antecessor

     Seguindo a linha de 'raciocínio' inaugurada por seu mentor e antecessor, a presidente Dilma Rousseff mergulhou de vez no grotesco, ao usar o discurso vazio e barato do 'nunca, jamais, em tempo algum'. Foi o que disse, hoje, ao anunciar a redução das tarifas de energia elétrica. Segundo ela, essas medidas - adotadas, de fato, para tentar ajudar nossa indústria a escapar do caos - são o ápice de um processo que "ela iniciou", quando assumiu o Ministério de Minas e Energia, no começo do governo Lula, em 2003.
     E não ficou apenas nessa bobajada. Aproveitou o clima eleitoral para dizer, entre outras coisas, que estava devolvendo ao povo parte do dinheiro que ele pagou, ao estruturar o sistema de energia. O que mais impressiona é que companheirada em geral não se envergonha de usar esse discurso mambembe e demagógico, pois sabe que ele é sempre bem recebido pelas grandes massas, desinformadas e acessíveis a vigarices retóricas semelhantes.
     Cada vez que ouço ou leio algo semelhantes, tenho engulhos. A proposta é tão medíocre e remete a práticas tão vagabundas (um paternalismo demagógico) que, em respeito ao povo, deveria ser abolida por políticos com um mínimo de seriedade e respeito pala população. Eu, particularmente, me sinto agredido a cada discurso vazio e a cada agressão à inteligência cometidos pelos que se propõem a nos representar.
     Passamos oito anos escutando essa ladainha, como se o Brasil tivesse nascido naquela momento. Nos seus primeiros meses de governo, a presidente Dilma Rousseff mostrou-se mais discreta, talvez por estar envolvida por tantos escândalos no seu ministério. O comportamento razoavelmente discreto, no entanto, vem sendo atropelado pela orgia eleitoreira. A cada discurso, fica mais parecida com Lula.
     Pensando bem, não poderia ser diferente. Quem sai aos seus não degenra, ouvia minha mãe recitar.

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