Falta indignação no Rio de Janeiro. É assustador perceber que há um silêncio cúmplice em relação à ocupação ilegal de áreas públicas, especificamente no Jardim Botânico. Uma cumplicidade que atende, também, pelo nome de desvio ideológico, já que o motivo real da tolerância com o ilícito remete ao fato de um dos infratores ser o deputado petista Edson Santos. Tenho certeza - e não estou apenas fazendo uma mera provocação - que se o 'ocupante' fosse um deputado do DEM, a reação da 'sociedade civil' seria bem diferente.
Haveria passeatas, manifestações, instalações, encenação de peças em que o 'capital' apareceria espoliando a Nação etc etc. Mas Edson Santos é do PT (o diretor do Jardim Botánico também, mas de uma 'ala' menos ativa, certamente), e a companheirada pode quase tudo.
É o retrato em escala menor do que acontece no país há nove anos e oito meses. A turma se apropriou de todos os espaços, materiais ou não, sob os olhares condescendentes dos líderes dessa Era Lula. O ato de ocupar uma área pública não é nada, quando comparado aos assaltos aos cofres públicos, ao loteamento de cargos, à compra de consciências e teclados.
A condenação dessa primeira leva de quadrilheiros que estão sendo julgados no STF, no entanto, nos dá um alento. A impunidade companheira talvez esteja chegando ao fim.
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