quinta-feira, 27 de setembro de 2012

As mulheres de Jesus

     Eu me pergunto, já sabendo de antemão a resposta: não seria muito mais agradável, lógico e saudável que Jesus tivesse casado, formal ou informalmente? Ou, em uma hipótese mais abrangente e moderna, que tivesse 'ficado' com uma, duas ou dez mulheres?
     Particularmente, não tenho dúvidas quanto a uma das possibilidades, o que me faz sentir ainda mais respeito por Ele, pela Sua dedicação à humanidade, pelo Seu desprendimento. A humanidade de Jesus, rigorosamente, seria um predicado, um acréscimo à dimensão da missão a que se atribuiu na Terra.
     Respeito os dogmas da Igreja, acrescentando de imediato que não sou religioso, embora - como a maior parte da minha geração - tenha crescido indo às missas dominicais. Mas não posso deixar de registrar o mal-estar provocado por atitudes que remetem ao obscurantismo, que nada acrescentam à religião católica, ao contrário.
     Que mal teria o fato de Jesus ter tido uma ou duas mulheres ao longo dos seus 33 anos? Ele seria menos digno de admiração, de respeito, de devoção pelos católicos? Acho que não. A celeuma criada em torno da descoberto de um papiro que versa sobre a mulher de Cristo (Madra Madalena?) me parece tão fora de propósito - guardaqdas as proporções - quanto a indignação islâmica contra o tal filmete vagabundo sobre o profeta Maomé.
     Com um agravante: a reação islâmica é fruto de uma inquestionável ignorância de grande parte da população, explorada politicamente por lideranças manipuladoras. São, ambas, manifestações fora de época, atrasadas, corrompidas.
     O 'meu' Jesus seria ainda mais atraente à medida que mais se assemelhasse ao homem. Assim como o 'meu' Maomé certamente teria uma dimensão ainda maior caso fosse admirado por sua semelhança com seus semelhantes.

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