segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Alvoroço no ninho de ratos

     A coluna de hoje do jornalista Ricardo Noblat - que virou manchete na edição de O Globo na internet - vem reforçar a reportagem de Veja, sobre a participação formal do ex-presidente Lula e de seus auxliares diretos no assalto aos cofres públicos que ficou conhecido como Mensalão. Tudo o que vem sento dito e comentado há algum tempo, inclusive aqui, no 'O Marco no Blog', tomou forma: a forma de um vídeo devastador gravado pelo publicitário Marcos Valério, que teria quatro cópias, três delas guardadas em locais seguros e enderaçadas aos principais jornais do país e outra, segundo o colunista afirma, entregue ao economista Paulo Okamoto, o faz-tudo de Lula, aquele que 'emprestou' dinheiro ao chefe para quitar dívidas.
     Nessas fitas, o operador do assalto explicitaria todo o esquema da quadrilha, os envolvimentos da cúpula petista e as variáveis, além de colocar tudo no gabinete de Lula, no Palácio do Planalto. Essa precaução teria sido tomada por Valério - segundo o texto - para evitar algum 'acidente'. Nunca é demais lembrar que o prefeito petista Celso Daniel foi assassinado quando decidiu relatar o esquema de extorsão de empresas de ônibus que financiava campanhas do Partido (entre elas, a de Lula para a Presidência) e enchia os bolsos da companheirada. Foi um aviso de Valério: se eu morrer, ou for condenado a passar o resto da vida na cadeia, os jornais saberão de tudo. Algo bem parecido com os enredos de filmes de gângsteres e absolutamente de acordo com o perfil dos envolvidos.
     Até agora, não li ou ouvi maiores reações a O Globo. Não há um desmentido formal, como não houve em relação à reportagem de Veja. Há, no máximo, revolta contra o que eles chamam de 'mídia direitista' (a imprensa 'marronzista' do corrupto coronel Odorico Paraguassu, personagem de Dias Gomes imortalizado por Paulo Gracindo), que insiste em denunciar as vagabundagens do PT e de seus asseclas. Providencialmente - e escrevi isso ontem -, Marcos Valério é preservado pela turma. Ninguém investe contra ele, o autor das denúncias, dos avisos, da - podemos chamar assim - chantagem. A companheirada sabe que o homem é um poço cheio de mágoas e pode transbordar a qualquer momento, espalhando lama por todos os cantos.
     "Mas tudo começou em MInas, no governo do Eduardo Azeredo", possivelmente balbuciariam o humorista Luís Fernando Veríssimo e outras víuvas da dignidade que o PT perdeu há muito tempo (se é que a teve algum dia, o que eu sempre duvidei). E eu responderia: vão roubar outro!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário