sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mais uma vigarice ideológica

     Nesse momento, em que ladrões do dinheiro público começam a ser condenados pelo Supremo Tribunal Federal, nada melhor do que esclarecer algumas inconsistência (para usar uma expressão amena) da companheirada que está no poder. Uma delas, que voltou ao noticiário, é a tentativa de proibir a distribuição de livros de Monteiro Lobato na rede de escolas públicas, sob a alegação de serem racistas, mais uma idiotice inominável.
     Em virtude da reação de quase todas as pessoas com um QI acima de 3 (dizem que é o das galinhas ...), o Ministério da Educação divulgou nota em que em se diz totalmente contrário à medida, embora deixe no ar uma leve restrição: os livros poderiam, sim, ser usados nas salas de aula, 'desde' que com a supervisão de um professor.
     Tudo bem. Oficialmente, para consumo público, o MEC é contra a proibição e, portanto, contra os autores das ideia. Só que a idiotice partiu do próprio governo, através de uma tal de Secretaria da Promoção da Igualdade Racial, que obteve o apoio do Conselho Nacional de Educação, em 2010. Um ministro (sim, esses secretários têm status de ministros) do Governo adota um comportamento de Governo (ele não pode falar por si mesmo, jamais) e o próprio Governo, de maneira melíflua, contesta.
     É muita vigarice. Mais um exemplo do que vem acontecendo diariamente desde a posse da presidente Dilma Rousseff. Sete ministros escolhidos por ela - ou, então, ela não manda em nada! - foram acusados de corrupção e obrigados a se demitir, mas jamais deixaram de ter seu apoio formal. Tanto que todos estão livres, leves, soltos e presgtigiaos. Isso não impediu, entretanto, que prevalecesse a tese de que a presidente é rigorosa com o ilícito. É um verdadeiro milagre da transformação da verdade.
     Aliás, nossa presidente vem conseguindo manter a enorme popularidade, independentemente do que eseja acontecendo no País. A última pesquisa mostrou que sua aprovação não para de crescer, com ou sem Mensalão; com ou sem escândalos; com a repetição de um crescimento pífio do PIB (mero 1,6%); com inflação em alta; coma falta absoluta de um norte na economia; com acordos ignóbeis no campo político.
     A Era Lula, ao estabelecer o mais alto grau de dissolução moral no País, conseguiu, entretanto, sobreviver a tudo e a todos, graças a uma estrondosda máquina de marketing e à distribuição de bolsas-tudo, a versão petista das dentaduras que os velhos coroneis atiravam às multidões de desdentados.

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