terça-feira, 4 de setembro de 2012

Presidente defende o 'marido'

     Nossa presidente, que vinha apresentando surtos de relativa independência, teve uma recaída. Voltou a ser a 'mulher do Lula', como ficou conhecida durante a campanha eleitoral, especialmente nas camadas mais desinformadas e simplórias da população, onde obteve os números mais expressivos de votos. Na época, ela e o PT adoraram essa - digamos - 'confusão' que, para muitos, seria depreciativa, pois reduzia a dimensão da candidata ao mais alto posto da Nação.
     Pois a 'mulher do Lula' só conseguiu demonstrar alguma independência depois de um ano no Poder, compelida a afastar compulsoriamente - nunca tive dúvidas quanto a isso - parte do entulho deixado pelo antecessor. Vê-se, agora, que continua apenas esquentando a cadeira. Sua reação a um artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - com críticas à gestão e à verdadeira herança maldita deixada por Lula - exibiu nuances de subserviência impensáveis. A presidente apressou-se a 'servir' ao seu antecessor e mentor, retrucando as críticas que não eram endereçadas a ela, mas a um modo de fazer política que vem se provando deletério.
     Apesar do cargo, da dimensão que conquistou no cenário político mundial, nossa presidente continua refém do prestígio do seu antecessor. De certa maneira, no entanto, sua fidelidade não deixa de ser louvável. Mas não precisava exagerar. Em determinado momento de sua nota oficial de desagravo, ela afirma que Lula é um estadista. Menos, presidente, muito menos ...

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