quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cadeia também para os corruptores

     Não há corruptos sem corruptores. Nem mesmo o ministro Ricardo Lewandowski, por mais que se esforce - e vem se esforçando bastante!!! - vai conseguir escapar dessa lógica, quando for obrigado a se manifestar sobre a companheirada apontada como líder da roubalheira. Será necessário um enorme contorcionismo para condenar a turma 'aliada' e deixar de fora parte da nata petista, como o ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, o ex-presidente do PT, José Genoíno, e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, homem de toda a confiança do ex-presidente.
     E mesmo que exercite sua já demonstrada capacidade, o revisor dificilmente conseguirá sensibilizar a maior parte do plenário do Supremo Tribunal Federal, exceto - é claro - Dias Toffoli, que vem se mostrando - na minha avaliação - um mero defensor dos interesses do PT, seu ex-empregador. Os votos dos ministros Luiz Fux e Carmem Dias, hoje, e as intervenções do presidente, o vascaíno Ayres Brito, antecipam duras condenações.
     Luiz Fux, em especial, tem sido inflexível e acompanhado, na essência, os votos do relator Joaquim Barbosa. E tem ido além. Sempre que a ocasião permite, esmiuça situações, aprofunda entendimentos, busca exemplos. Sempre de modo gentil, com um estilo muito pessoal, repleto de gestos e inflexões, com seu soqtaque carioca, cheio de 'esses'.
     A ministra Carmem Lúcia, por sua vez, até mesmo em função da rigidez de seus votos condenando representantes de diversos partidos, usou exemplarmente a parte final de sua intervenção, destacando a importância da política na vida de uma nação democrática. Fez um elogio das virtudes, em contraposição à condenação dos malfeitos.
     O futuro está ficando cada vez mais nebuloso para a companheirada.

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