quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Mais uma do 'analista de Bagé'


     Confesso que deixei de ler qualquer coisa escrita pelo humorista Luis Fernando Veríssimo há muito tempo, desde que ele – o crítico vigoroso dos desmandos e pilantragens oficiais, ou não - entrou de ‘férias’ há nove anos e oito meses. Continuo sem ler, mas fiquei sabendo que o filho de Érico resolveu – finalmente - abordar o julgamento do Mensalão do Governo Lula.
     A princípio, com a informação ‘pela metade’, não acreditei. “Será que ele, finalmente, decidiu voltou ao mundo canalha em que vivemos?”, questionei-me. Não, comprovei. Ele, o outrora cronista vigoroso e incisivo, continua afastado da realidade, mergulhado no mundo do faz-de-conta, da ilusão, engajado. Uma espécie de ministro Dias Toffoli do jornalismo semanal, cumprindo uma tarefa partidária.
     O amigo da ‘Dorinha’ finalmente lembrou da existência de um tema que mobiliza o País,o roubo praticado pela quadrilha chefiada pelo ex-ministro José Dirceu (eu continuo convicto que ele era o subchefe), do gabinete ao lado do ex-presidente Lula, é verdade. Mas não foi para reagir indignado às armações ilimitadas do ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski, que ofende a inteligência da Nação com seus votos intermináveis, claramente protelatórios. Ou para exigir cadeia para todo os criminosos.
    Nada disso. Veríssimo culpou o PSDB pelo assalto, destacando que tudo teria começado no governo do ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo. Seria uma espécie de herança maldita do neoliberalismo que teria envolvido os ingênuos petistas de plantão, puros como donzelas. Em seis anos, foi uma das raríssimas vezes em que o misto de colunista e humorista tratou do tema, seguindo a linha adotada pelo presidente do PT, Rui Falcão, e pela companheirada entrincheirada na CUT e semelhantes.
     Para esse tipo de diversionismo só há um tratamento: joelhaços no baixo ventre.

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