terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Justiça ameaçada

     Vivemos, hoje, uma deplorável e golpista campanha contra a Justiça e a liberdade de imprensa. Tudo o que há de pior e mais salafrário no cenário político brasileiro se une em uma tentativa canalha de criar um ambiente propício ao atropelo da Constituição, como se fôssemos uma Venezuela qualquer, ou uma Cuba, exemplos deletérios de governos arbitrários, autoritários e ditatoriais, por definição e prática.
     Corruptos históricos, vigaristas de ocasião e aproveitadores de todos os matizes correm para assinar manifestos contra a postura independente da maior parte do Supremo Tribunal Federal, que vem sinalizando para a condenação explícita dos quadrilheiros que assaltaram os cofres públicos durante o primeiro Governo Lula, o mais deletério (a julgar pela denúncia da Procuradoria-Geral da República) de toda a nossa história.
     A turma que vive agarrada às tetas sempre fartas dos financiamentos oficiais não perdeu a chance de se unir aos fascistas do PT em um movimento claramente golpista, destinado a chantagear ministros e atemorizar jornais e revistas, principalmente a Veja, incansável na determinação de apontar as pilantragens dessa infindável Era Lula. Os argumentos são os mais subalternos e visam objetivamente a livrar os chefes da quadrilha do Mensalão da cadeia que os espera, notadamente o ex-chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu.
     Tudo isso não passa de um prosseguimento esperado das reações hidrófobas do PT e da CUT, seu braço 'operário', há algum tempo. Ambos ameaçaram invadir as ruas com suas tropas de baderneiros, mas não assustaram sequer o guarda da esquina. Mais 'refinados', os integrantes da tropa 'intelectual' tentam ocupar as mentes menos esclarecidas com pedradas retóricas. Covardes, evitam apontar o dedo sujo diretamente para o ministro Joaquim Barbosa, temendo os efeitos contrários.
     Atacam, também, a independência de jornais e revistas. Não suportam ler, todos os dias, manchetes que destacam a podridão que assolou o Palácio do Planalto. Têm pesadelos com as capas das revistas semanais. Mas em nenhum momento se voltam contra os asseclas do PT. Repudiam o veículo que traduz denúncias, e não o denunciante. Ignoram o silêncio comprometedor do ex-presidente, sua inação. Não pedem rigor na apuração dos crimes, ao contrário, lutam pela leniência.
     São asquerosos.

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