O mundo petista começa se preparar para mais um terremoto. A companheirada e seus asseclas já estão alardeando que há mais um "golpe da direita" em curso. No caso, só posso entender que o representante maior dessa tal 'direita' é o empresário Marcos Valério, comparsa dos quadrilheiros que assaltaram os cofres públicos no Governo Lula, o mais medíocre e ignorante presidente que esse país já teve.
Afinal, as novas denúncias de envolvimento do ex-presidente Lula e de seu ex-ministro do coração, Antônio Palocci (um quase ex-futuro-presidente), com o escândalo do Mensalão partiram do publicitário mineiro e - como divulga o Estadão - foram prestados formalmente em depoimento ao Ministério Público Federal, nos últimos dias de setembro.
Embora ainda mantido em sigilo, o teor das denúncias de Marcos Valério começa a aparecer. Ele teria citado, no seu depoimento, remessas de dinheiro para o exterior (além das que comprovadamente serviram ´para o PT pagar o trabalho do publicitário Duda Mendonça), que beneficiariam Lula e seu ex-ministro da Fazenda. E se mostrou disposto a aprofundar as questões, caso fosse incluído no programa de proteção à testemunha, pois se disse ameçado de morte.
Valério, como se supõe há muito tempo, está lutando para escapar da cadeia, à qual já está irremediavelmente condenado. Em várias ocasiões, anteriormente, desde a eclosão do escândalo, deixou no ar a ameaça de contar o que sabia. Era - afirmava-se, sem contestação - sua arma para exigir respaldo.
A cúpula petista, em especial, acreditava na capacidade de manipulação do processo. Um dos bandoleiros (ele já foi condenado por formação de quadrilha, ou bando), o ex-tesoureiro do PT e amigo íntimo do presidente Lula Delúbio Soares, chegou a dizer que todo o processo era "uma piada". Já não deve estar achando a menor graça.
Uma frase expelida pelo senador Jorge Viana (PT-AC) recentíssimamente, é um exemplo do que essa gente pensa da democracia. O ínclito representante do povo acreano mostrava-se indignado com o fato de ministros do Supremo Tribunal Federal indicados por Lula e pela presidente Dilma Rousseff terem condenado seus companheiros de partido.
A turma contava com a absovição, não tenho a menor dúvida. Apostava no que chamam de fidelidade dos ministros do STF, julgando a todos por si mesmos; ignorando a dignidade de magistrados que alcançam a mais alta Corte do país; nivelando a maioria por baixo, pela minoria representada por Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
O resultado ainda parcial do julgamento - ainda há muita cadeia pela frente! - soterrou as esperanças petistas e deixou Marcos Valério, em especial, apavorado. Sabendo-se condenado a passar, pelo menos, de seis a sete anos atrás das grades (além de perder todo o patrimônio), o administrador da roubalheira está cobrando as promesas feitas pelos antigos comparsas.
E foi além, de acordo com o temor que expressou à Justiça: Valério acredita que pode ser morto, a exemplo do que ocorreu com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado - segundo seus irmãos - porque decidira denunciar o esquema de extorsão de empresas de ônibus do interior de São Paulo realizado pelo PT.
PS: Para não ser injusto com a companheira, lembro que a turma não faz qualquer pressão oficial sobre o empresário mineiro. Ao contrário. Petistas e afins sempre alegam que as denúncias partem da 'imprensa golpista' e das 'elites' e preservam o companheiro publicitário. Essa gente não tem a menor dignidade.
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