quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A nova face da defesa dos quadrilheiros

     Como estava previsto no roteiro encenado pelos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, os demais advogados dos quadrilheiros petistas condenados pelo assalto aos cofres públicos durante o Governo Lula já estão preparando o pedido de suavização da pena dos seus clientes, tendo em vista a situação falimentar das nossas instituições carcerárias.
     Era um claro jogo de cartas marcadas, ou de jogadas ensaiadas. Nessa chanchada, coube ao ministro da Justiça levantar a bola para seus parceiros cortarem. Ao dizer que preferiria morrer a ficar preso nas cadeias brasileiras, Cardozo (o eterno defensor dos bandoleiros petistas, seus colegas de partido) estava apenas abrindo uma discussão destinada a beneficiar a companheirada.
     Em nenhum momento os três defensores dos criminosos pensaram, por exemplo, em reduzir a pena de criminosos comuns, que há anos sobrevivem ao inferno dos nossos presídios. Partiram, de imediato, para os mais recentes condenados. A eles, jamais interessou o drama de milhares de presos. A única preocupação é com o futuro dos companheiros.
     Por atos e palavras, endossados claramente pela presidente da República, objetivam apenas e tão-somente evitar que José Dirceu, José Genoíno, João Paulo Cunha e Delúbio Soares passem um bom par de anos na cadeia. Como fazem recorrentemente, usam todos os subterfúgios disponíveis para defender seus criminosos.
     A retomada do julgamento, hoje, já com o Supremo sob a presidência do ministro Joaquim Barbosa, servirá para novas manobras, novas intervenções desastradas e demagógicas dos ministros Lewandowski e Toffoli. A estratégia da defesa dos delinquentes já está traçada, dentro da realidade sugerida pela condenação.

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