A retomada do julgamento do Mensalão do Governo Lula, depois de amanhã, será marcada pelos novos fatos trazidos a público especialmente pelo publicitário Marcos Valério, o operador da roubalheira organizada e chefiada pelo PT. É verdade que os juízes terão que se ater, obrigatoriamente, ao que consta nos autos. Mas o aprofundamento das denúncias certamente atiçou as expectativas populares por penas duras, exemplares.
Se já era difícil encontrar alguém - fora do eixo dos petistas e seus asseclas - receptivo à tese de penas mais brandas para os quadrilheiros, ficou mais difícil ainda. Pensar em algo menos do que um bom par de anos na cadeia para José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares passou a ser inconcebível. Seria uma demonstração cabal da submissão da Justiça às pressões emanadas do grupo político dominante.
Pressões que, em função da péssima repercussão das diatribes emanadas das lideranças do PT , foram reduzidas. Até mesmo o manifesto do partido, em apoio aos bandoleiros, foi deixado em compasso de espera. Poderia - como especulei aqui mesmo, no Blog, há alguns dias - ter um efeito contrário, ampliando a indignação pública e, eventualmente, o rigor das penalidades.
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