domingo, 11 de novembro de 2012

O desastre da TransOeste

     Já disse algumas vezes que não morro de amores pelo prefeito reeleito Eduardo Paes. Pelo contrário. Mas não pude deixar de reconhecer a dimensão da abertura da TransOeste e da criação da pista exclusiva para ônibus, os 'Ligeirões', ou BRTs, como alguns insistem em chamar. É um conceito evidentemente moderno, que - em tese!!! - reduz o tempo de duração das viagens, amplia o conforto dos pasageiros e melhora a qualidade do trânsito em geral, por reduzir as linhas de ônibus tradicionais.
     Só que precisa funcionar decentemente. O prazo de adaptação já está mais do que esgotado. Portanto, não se justificam fatos como o registrado hoje, na estação Mato Alto, no entroncamento da Estrada da Matriz, por volta de meio-dia. Uma legião de passageiros desceu de um Ligeirão e se dirigiu ao ponto dos ônibus de alimentação, que fazem a ligação com os bairros, no caso, a Pedra de Guaratiba.
     Depois de uma espera de quinze minutos, vendo uma pequena frota parada nas proximidades, os passageiros ficaram sabendo o motivo da demora absurda: os ônibus estavam ali, mas não havia motoristas para trabalhar, segundo justificativa de um fiscal. Portanto, sugeriu o tal funcionário, seria mais indicado que todos pegassem uma van para seguir caminho. Inacreditável.
     Pois não foi o único disparate recente. No meio da semana, uma passageira que mora no Recreio, dirigiu-se à bilheteria de uma estação e foi surpreendida com um cartaz que dizia, litetralmente, o seguinte: "Fechado por uma hora, para almoço". É isso mesmo. O vendedor da passagem saíra para almoçar, às 11 horas, e, como não havia quem o substituísse, fechou o guichê. E os passageiros? Que esperassem pela sua volta, ou - o que eu faria, com toda a certeza - pulassem a catraca e viajassem sem pagar.
     Fatos assim - inadmissíveis!!! - comprometem em poucos minutos a essência de um projeto que, insisto desde sempre, tem cara de modernidade. Sem falar na ainda limitadíssima frota em atividade, incompatível com a demanda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário