segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A grande quadrilha

     Assim como assembleias de condomínio - que se transformam em permanentes, para atender a desdobramentos das discussões -, o julgamento do assalto aos cofres públicos que ficou conhecido como Mensalão do Governo Lula deveria não ter fim, pelo menos enquanto perdurar no país essa era de devassidão que chega, de forma pujante, a dez anos. Deveria ser possível, para dar agilidade à reprovação dos malfeitos, apenas ir acrescentando nomes e fatos, pois, na essência, a quadrilha é a mesma.
     A importância dos quadrilheiros, é verdade, varia. Há destaques absolutos, luminares de uma época, como o ex-ministro José Dirceu, e mequetrefes, mas todos - de uma maneira geral - acomodados nesse enorme esquema montado a partir do projeto de poder petista. Um esquema que abriu as portas e se aliou a uma legião de assaltantes dos mais diversos calibres.
     Hoje, ficamos sabendo que o bando que agia a partir dos gabinetes da Presidência da República em São Paulo e da Advocacia Geral da União - é inacreditável que algo desse porte aconteça num país que se propõe a ser digno! - tem ligações estreitas com o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), aliadíssimo do Governo, um dos condenados no ... Mensalão.
    Como vem acontecendo recorrentemente, as lideranças petistas apressaram-se não a denunciar ou condenar os criminosos, mas a vislumbrar uma tentativa de atacar a imagem do ex-presidente Lula, originada - é claro!!! - na imprensa e nas elites. Como se fosse possível falar na chefe de gabinete petista sem dizer que ela foi escolhida pessoalmente pelo ex-presidente, responsável, também, pela indicação dos dirigentes de agências governamentais que foram presos.
     Só falta, agora, que o PT, a exemplo do que vem fazendo com relação aos quadrilheiros condenados, promova uma manifestação de apoio à amiga do ex-presidente e fiel seguidora de José Dirceu, para quem trabalhou por doze anos. Uma reunião na sede de um dos sindicatos controlados pela CUT (essa entidade recheada de pelegos), com direito ao grito de guerra que um velho amigo (Paulo César Martins) postou hoje na rede social e que tomo a liberdade de usar aqui, com uma ligeira adaptação para facilitar a rima: "Rose, guerreira da Nação brasileira".

Um comentário:

  1. Na era dos petralhas, se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão!...

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