terça-feira, 27 de novembro de 2012

Rose a nova 'Geni' petista

     Já começou, em sites e colunas diárias companheiras, o massacre moral da ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa. Nada tão ostensivo que possa provocar a ira e liberar a língua da diligente e viajada ex-assessora do ex-presidente Lula e candidata a ser a nova 'Geni. Uma notinha aqui, outra acolá. O objetivo é claro, cristalino: minar a sua (dela, Rose) credibilidade desde já, pensando nos desdobramentos futuros de mais esse escândalo dessa infindável e inesgotavelmente escandalosa Era Lula.
     Há, como vem acontecendo regularmente, até, os que começam a defender a tese da perseguição movida pelas 'elites' e pela imprensa neoliberal ao inimputável ex-presidente. A culpa pelas vigarices e contradições da companheirada é atribuída a uma luta de classes e de ideologias, na qual os que ousam apontar o dedo para as canalhices ocorridas nos últimos anos são tachados de inimigos do povo, sacrílegos ou algo similar.
     É a aposta na prevalência da parvolice. O ex-deputado Roberto Jefferson, aliadíssimo do Governo e comensal constante do palácio, denuncia a roubalheira liderada pela cúpula petista, mas a culpa é da imprensa que divulga. Um assessor direto do irmão de José Genoíno, ex-presidente do PT, o atual
vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), é preso no Aeroporto de Congonhas em São Paulo com US$ 100 mil escondidos na cueca, e mais R$ 209 mil numa maleta de mão, mas a ira petista volta-se para quem noticiou o fato.
     E assim foi no caso dos 'companheiros aloprados' que foram flagrados comprando dossiês falsos contra oposicionistas; vem sendo nos episódios em que o publicitário Marcos Valério anuncia a disposição de contar tudo o que sabe sobre o Mensalão do Governo Lula; e é agora, nesse mais recente escândalo envolvendo um bando ligado intimamente ao ex-presidente.
     O Governo, também como de hábito, está fazendo sua parte. Já impediu a convocação, pelo Congresso, dos envolvidos em mais essa pilantragem. Não interessa que Rose, os irmãos Vieira e outros sejam ouvidos. Sabe-se lá o que poderiam contar?
     Para consumo externo, no entanto, o Planalto despeja, mais uma vez, a versão inverossímil que exibe a presidente Dilma Rousseff determinada a combater a corrupção e os corruptos. Não é verdade. Não está. Pelo histórico de tolerância, ouso afirmar que nunca esteve. O Governo apenas e tão-somente joga para as arquibancadas. Finge que ataca, que avança, mas o resultado foi combinado no vestiário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário