domingo, 20 de março de 2011

Uno assume a 'pole'

     A liderança do mercado nacional conquistada, em fevereiro, pelo Uno, principal modelo da Fiat, desbancando o Volkswagen Gol depois de 24 anos, deveria servir de alerta às demais montadoras em geral, mesmo que seja provisória, como já aconteceu há algum tempo. Embora os números do Uno (21.470 veículos emplacados, 481 a mais do que o segundo colocado) contemplem também o modelo antigo, essa tendência é mais do que sintomática. Expõe uma faceta do - digamos - novo consumidor, que cada vez mais exige alguma ousadia de linhas, inovações, diferenciais.
     Independentemente do gosto pessoal - há quem ame, e os números provam isso, mas também há quem deteste -, é inegável que o novo Uno fugiu às amarras impostas pelo feijão-com-arroz estético dos modelos que trafegam na mesma faixa - Corsa, Fiesta antigo, Peugeot 207 e o próprio Gol, por exemplo.
     A lamentar, num mercado que quebra recordes mensalmente, o custo do automóvel brasileiro, muito maior do que em quase todo o mundo, em virtude - temos que admitir - da aburda carga de impostos. A propósito, sempre que esse tema vem à discussão, costumo lembrar um episódio que, por acaso, envolveu a Fiat, nos idos dos anos 1990.
     O Palio Weekend acabara de ser lançado no Brasil, pela montadora de Betim, e estava sendo apresentado ao consumidor italiano. Mesmo depois de enfrentar o custo do transporte rodoviário até um porto, um longo caminho marítimo e as taxas locais, o modelo chegava ao consumidor italiano por um preço inferior ao cobrado no Brasil.

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