domingo, 13 de março de 2011

Rali, só no asfalto

     A mais recente campanha da Volkswagem - a do Gol Rallye - despertou em mim a vontade de falar de automóveis, tema que fez parte da minha vida por muitos anos, quando editor do caderno de Carro e Moto do velho Jornal do Brasil, nos anos 90. Para começo de conversa: não tentem colocar o carrinho na areia ou lamaçal. O único rali que modelos como o Gol e semelhantes podem enfrentar, com sucesso, é o das estradas asfaltadas. Vá lá: caminhos de terra também não representam problema, desde que não muito esburacados.
     O único diferencial - pelo menos o mais relevante - de todos essses modelos fantasiados para a aventura é a calibragem da suspensão, que proporciona maior distância do solo. Isso que dizer, apenas, que o carro pode passar sem muito risco sobre obstáculos (pedras ou lombadas) medianos.
Para enfrentar desafios mais radicais, só mesmo com a opção da tração nas quatro rodas, mais comum em utilitários esportivos e picapes (a Subaru, marca japonesa, é uma das exceções mais marcantes da indústria, pois seus modelos oferecem esse - digamos - conforto).
     No Brasil, o segmento da aventura começa (em termos de custo) com o EcoSport 4x4, da Ford, e com o Pajero TR4, da Mitsubishi e, com muita (mas muita, mesmo) boa vontade, com o Palio Weekend Adventure Locker, da Fiat. O resto é alegoria, com muito plástico injetado e, apenas, cara de valente.

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