terça-feira, 15 de março de 2011

Um filme sem mocinhos

     O caos político instalado principalmente nos países do Oriente Médio mostra, a cada dia, desdobramentos inesperados, que levam a situações tão interessantes quanto distintas. Enquanto os rebeldes líbios clamam pela intervenção internacional, única chance - ao que tudo indica - que teriam de vencer a luta contra o ditador Muammar Kadafi, os insurgentes do Barein (de maioria xiita) repudiam a presença de tropas da Arábia Saudita (sunita) no país. Temos, então, movimentos que nasceram da mesma semente, mas que assumiram características próprias e provocam reações antagônicas.
     A mesma Arábia Saudita que envia tropas para ajudar a manutenção do governo do Barein, temendo repercussões nas suas próprias divisas, manobrou para acelerar a queda de Kadafi. No plano europeu, temos a França - crítica feroz da intervenção americana no Iraque, governado na época por um assassino e terrorista - assumindo posições radicais contra o ditador líbio, um terrorista e assassino.
     Em todos os casos, constata-se a indiscutível e nem sempre ética predominância dos interesses particulares de cada nação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário