Pode ser até que seja uma espécie de rigor exacerbado, mas está cada vez mais difícil engolir determinadas avaliações sobre os desdobramentos das muitas crises que se espalham pelo mundo, a líbia em especial. Ontem, por exemplo, ouvi - ninguém me contou - a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmar que os Estados Unidos não vão intervir na Líbia, a não ser em conjunto com a comunidade internacional, que já está fazendo pressões, sim. Disse mais: que até mesmo a efetivação de uma zona de exclusão aérea - defendida ardorosamente por vários países - deve ser aprovada pelas nações.
Pois bem. Sai a secretária e entra um dos correspondentes da Globo News nos Estados Unidos dizendo que uma invasão da Líbia não seria admitida pelos americanos em geral e que qualquer ação só seria aceitável em caso de comprovação da existência de armas químicas etc etc. Ou o rapaz não ouviu o discurso da secretária, ou já estava com o comentário feito e não teve tempo de mudar - ou não quis. Em qualquer das hipóteses, a versão não correspondeu aos fatos.
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