sexta-feira, 25 de março de 2011

Sim à Constituição

     Certamente ninguém - exceto eles, os beneficiados, e seus apaniguados - está satisfeito com o desfecho do julgamento que beneficiou os chamados 'fichas sujas'. A política, como uma atividade fundamental na estabilidade democrática, deveria ser aberta apenas a pessoas acima de qualquer suspeita, independentemente, por óbvio, de tendências ou ideologias. Nela não cabem, certamente, Arrudas, Joões Paulos e quetais, corpos que deveriam ser expurgados definitivamente.
     Mas nem mesmo tendo essa convicção consigo enxergar outro caminho que não fosse o trilhado pelo STF. Os crimes cometidos por uma legião de políticos não estiveram, jamais, em julgamento. Decidiu-se pelo respeito à Constituição.
     Se fosse permitido anular preceitos constitucionais, hoje, pelo fato de a causa ser 'nobre', não teríamos como impedir, amanhã, que argumentos semelhantes fossem usados em projetos não-republicanos.
     Já vivemos, no Brasil, recentemente, um longo período em que a Constituição era ignorada ou manipulada, sob as mais variadas justificativas. E pagamos muito caro por isso.

3 comentários:

  1. Concordamos, em gênero e número. Ao mesmo tempo, lamentamos que esses fichas sujas continuem por agora. Mas a esperança surge no horizonte....

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  2. Como dizia o meu irmão, numa conversa nossa dias atrás, sobre o que acontece nos países como Líbia e outros da África: o problema é que nesse países não existem instituições, ou existem escassamente.

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  3. Caros Ricardo e Marina.
    A Constituição deve ser, sempre, nossa referência. E não pode, mesmo, ser usada de acordo com uma vontade de momento. Abraços.

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