domingo, 6 de março de 2011

Mitos, para que servem?

     A recorrência das notícias sobre os péssimos hábitos higiênicos dos chamados 'foliões' comprova, de imediato, que o problema vai além da existência, ou não de banheiros químicos à disposição da população. É simplesmente uma questão de educação, que envolve conceitos de respeito ao próximo e a ausência de dignidade pessoal.
     O carioca em especial - esse ser mítico - dá provas diárias de absoluto desrespeito às mais simplórias normas de civilidade. Ele não apenas urina em público no carnaval. Ele urina e eventualmente defeca em público a qualquer momento, de dia ou à noite, em qualquer lugar, independentemente da presença de outras pessoas, mulheres ou crianças. Assim como ignora sinais de trânsito, acostamentos, limites de velocidade, filas ou qualquer outro símbolo de organização e cidadania.
     Berra ao celular, em qualquer ambiente, como se o mundo ao redor não existisse; extrapola no volume do som do rádio do carro; exorbita nas festas; provoca vizinhos com gritos e palavrões a cada gol de seu time; joga lixo pela janela do carro; transforma rios em verdadeiros canais de esgoto e vazadouro. Promove badernas e está sempre pronto a tentar subornar e a ser subornado.
     Enfim: o mar de urina que aflora nos carnavais é apenas um símbolo do abismo cultural que ainda precisamos escalar para nos transformarmos no tal ser especial cantado em verso e prosa pela mídia, seja lá o que isso for.

2 comentários:

  1. Pois é..um horror..um desrespeito total.Quanto aos foliões sujos,ora reclamavam pq não tinham onde fazer,ora por não ter banheiros químicos o suficiente...Sei..
    Caminhando na orla de Ipanema,no dia de carnaval,constatei filas de mulheres aguardando a vez para o uso do banheiro. Alguns homens também estavam à espera. Que bom,pelo menos a calçada,areia,carros,prédios,agradecem a preferência..mas,nos telejornais o que mais víamos eram os outros foliões, que você mencionou, agindo com o total descaso,sujando a própria cidade.

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  2. A falta de civilidade, infelizmente, pode ser observada a qualquer momento, independentemente de haver uma festa, ou não.

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