O homenzinho
Estávamos vivendo os últimos dias da primavera, mas a tarde estava fria e ventando, como é comum aqui na Pedra. Pedro, que passara o tempo todo correndo atrás de Cléo, sua amiga labradora, vestia apenas uma camiseta de mangas curtas e uma bermuda, inadequadas para aquele momento.
Preocupadas, Flávia, a mãe, e Isis, a avó, ponderavam para que ele colocasse uma blusa mais quente, assim como Júlia fizera. Para reforçar o apelo, diziam que elas também iriam trocar de roupa e que ele deveria fazer o mesmo. Já irritado com a insistência, respondeu, do seu jeito, reforçando as últimas sílabas das últimas palavras:
- Eu não 'tô' com frio, ma...mãe!
Em seguida, virando-se para mim, que também usava uma camiseta simples, completou o raciocínio, por si só explicativo:
- Elas 'tá' com frio porque elas 'é' me...ni...nas. Nós 'é' homem, vo...vô!
To rindo aqui..que graça de menino.. Cada história que leio,fico mais apaixonada por eles..São lindos! Parabéns.
ResponderExcluirObrigado, Patrícia. Eles são umas graças, mesmo, sem corujice. Seja bem-vinda de volta, repito, e não fique constrangida de alertar para algum erro. Agora mesmo, relendo o texto sobre Belo Monte (só releio muito depois de postados), vi que havia escrito colOnista, no lugar de colunista.
ResponderExcluirEssa foi boa mesmo! Vcs nem são "meninos", são "homem"
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