quinta-feira, 17 de março de 2011

Reforma política, já!!!

     Levando em conta a defesa intransigente da prevalência das coligações quando da posse de suplentes de deputados licenciados - em oposição à decisão do STF, favorável aos candidatos do mesmo partido -, vou me permitir uma sugestão que, por absolutamente inovadora (modéstia à parte), pode - por tabela - resolver esse impasse e promover a paz entre esses dois poderes da República, o Legislativo e o Judiciário.
     Antes, algumas digressões. Pelo que emana da Câmara, nossos representantes advogam o direito dos primeiros colocados das coligações. Tanto que têm ignorado liminares do Supremo, graças a artifícios e manobras regimentais. Assim, defendem que quando um deputado do PT é promovido para uma diretoria ou um secretaria (quando o cargo não existe, cria-se um), no seu lugar deve assumir o mais bem votado do grupo que se amontoou na eleição, seja ele do PRB ou do PMN. Em síntese, se é que eu entendi bem: o eleitor escolhe um representante da 'esquerda autêntica', combativa e engajada (seja lá o que isso for), mas assume um pastor da 'Igreja dos Primeiros Dias do Fim do Mundo Que Já Começou', inimigo declarado das rainhas de bateria, autênticas representante do velho satanás que reina nos sambódromos.
     Para evitar esse desconforto - que a alguns pode parecer promiscuidade -, tomo a liberdade de sugerir o fim das atuais agremiações políticas e a posterior criação de - atenção! - apenas DOIS PARTIDOS, que poderiam se chamar Petarena e Pessemedobê. Essa inovação política eliminaria qualquer dúvida no eleitor e acabaria de vez com a divergência entre poderes. Quem votasse novamente em Tiririca, por exemplo, saberia - claramente - que estava ajudando a eleger alguns ex-petistas, já que todos estariam - de fato e de direito - no mesmo saco ideológico.

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