segunda-feira, 14 de março de 2011

Acima do bem e do mal

     Eu sei que há um time até mais bem credenciado para discutir a saída de Muricy Ramalho da direção técnica do Fluminense. Mas não resisto à oportunidade de destacar que as razões alegadas pelo treinador não se sustentam. Não é novidade que o tricolor não tem, ainda, uma grande estrutura profissional, o tão falado CT. Isso, até mesmo as cabras vadias que pastam num terreno baldio em Xerém já sabiam.
     Mas essa deficiência não é uma prerrogativa do Fluminense. No Brasil, poucos clubes podem dizer que têm uma estrutura realmente profissional, entre eles São Paulo, Cruzeiro e Atlético Paranaense.
     A desculpa formal, então, soa falsa, frágil. A recusa em falar sobre o assunto, depois do clássico de ontem (Fla 0x0 Flu), não fez justiça à torcida do clube, que deu reiteradas demonstrações de apoio ao treinador.
     Embora reconhecidamente competente - ninguém é campeão tantas vezes por acaso -, Muricy deixa mais uma vez as marcas de arrogância e intratabilidade que pontificam no seu perfil. Além de ter acrescentado mais uma faceta negativa ao currículo: a de ser um profissional capaz de abandonar compromissos pela metade, sem dar - ou dever - explicações. Ô meu!

Nenhum comentário:

Postar um comentário