terça-feira, 1 de outubro de 2013

As caras do Brasil atual

     Dois empresários queridos da companheirada que detém o poder são manchetes, hoje, em nossos jornais e revistas. O ex-presidente da Delta Construtura, Fernando Cavendish, teve seus bens confiscados pela Justiça, em uma tentativa de reaver algo em torno de R$ 300 milhões que teriam sido desviados por ele, quando ainda era o empresário-chefe do PAC, o homem que 'tocava' as obras e desfrutava da intimidade de governantes estaduais e da presidência da República.
     Excetuando o desgaste - digamos - 'moral' resultante da descoberta de suas falcatruas, o empresário-amigo do ainda governador Sérgio Cabral não tinha muito do que reclamar. Tanto que manteve-se calado ao longo do tempo decorrido entre o escândalo de desvio de verbas públicas para financiamento de campanhas (mais um, na interminável lista iniciada há dez anos e nove meses).
     Como normalmente acontece em casos semelhantes, 'obrou-se ' um confortador silêncio entre as partes acusadas. Nessas situações, o comportamento mais comum é o afastamento dos holofotes, na expectativa de que tudo seja esquecido, como normalmente acontece por aqui. Ou será que alguém ouviu algum vereador, deputado ou senador - principalmente os sempre 'aguerridos' PT, PSOL, PCO e afins - sair por aí dando pontapés no assunto?
     O outro agraciado com destaque é o empresário Eike Batista, em virtude de a petroleira OGX ter decidido não pagar algo em torno de US$ 45 milhões referentes a juros de dívidas realizadas no exterior. Eike é a cara do milagre brasileiro dos anos Lula. Surfou na fantasia e está deixando a conta para outros pagarem, ou não.
     No caso do País, a conta dos desmandos - aparelhamento do Estado; desperdício, gastos exorbitantes; financiamento de projetos mirabolantes, destinados a enriquecer grupos amigos; sucateamento das estruturas etc - ficará para a sociedade, inexoravelmente. A esperança da turma que está no Poder é poder empurrar o problema para depois das eleições do ano que vem.

 

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