sábado, 26 de outubro de 2013

O silêncio dos covardes

     Excetuando a presidente Dilma Rousseff - e isso tem que ser reconhecido, embora fosse o mínimo que se poderia esperar dela -, não li ou ouvi qualquer manifestação de repúdio à enorme covardia do bando de celerados que atacou o coronel da Polícia Militar de São Paulo responsável, justamente, por manter o diálogo com manifestantes.
     Se fosse um dos vagabundos mascarados, não faltariam advogados e representantes das 'mídias alternativas'. Como era um policial, os grupos de demagogos ficaram formalmente impassíveis, embora tenham comemorado em particular, tenho certeza. A boçalidade das cenas registradas em São Paulo não comoveu.
     Não vai tardar muito - e esse é uma aposta que eu faria com prazer -, começarão a surgir os defensores da libertação do desqualificado que foi preso por participar da tentativa de homicídio. Talvez sejam programadas 'manifestações' de repúdio à prisão. Tudo é possível quando os personagens são agentes da desordem, do radicalismo.
     Os 'organizadores' da marcha que, como era esperado e programado, desandou na baderna que gerou a agressão, desapareceram. Não tiveram a dignidade de reconhecer que puderam brandir suas bandeiras com liberdade e segurança, garantidos, justamente, pela maior vítima dos incidentes.
     Vítima que manteve a postura profissional até o fim. Sangrando, com várias fraturas, o policial ainda insistiu para que a tropa mantivesse a calma e agisse com tranquilidade. Confesso que, no lugar dele, acho que não conseguiria. Talvez apelasse para a 'receita egípcia' de lidar com desordeiros.
     Vale registrar, ainda, a' participação' de um repórter (talvez da tal 'mídia ninja') que não aparece nas imagens. Ao ver um homem sacar a arma para afastar os agressores, questiona o militar, que - cambaleando - ainda tem que explicar que seu defensor é um policial, seu motorista.

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