segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O 'efeito Marina'


     Nada como adversários com chances de vencer para soterrar arrogâncias. Sempre citada como avessa aos chamados 'ritos políticos', a presidente Dilma Rousseff, como nos informa O Globo, abriu a agenda e recebeu hoje, no seu até então inexpugnável palácio, deputados federais que representam partidos da tal 'base de apoio', aquilo que nós sabemos o que é e imaginamos o que pode fazer.
     Entre eles, aliadíssimos próceres do Partido Progressista (o do procurado Paulo Maluf), PDT(presidido pelo ex-ministro Carlos Lupi, aquele mesmo que saiu do governo envolvido em acusações cabeludíssimas) e PTB (do ex-presidente e atual senador Fernando Collor e do ex-deputado Roberto Jefferson, o sujeito que denunciou o Mensalão). Sem falar no tal de PT do B, que eu confesso sequer lembrava que existia.
     Ainda não li uma linha de indignação com essa 'falta de coerência'. Nossa presidente pode - na situação atual, precisa!!! - compor com quem quer que seja, desde que renda alguns minutos a mais na tevê e palanques para se exibir. Já nem falo do ex-presidente Lula, notório por seu recorrente e característico comportamento degradante. Além de não ser o presidente formal do País, o mentor da atual governante jamais demonstrou qualquer escrúpulo.
     Bastou, no entanto, que a ex-senadora Marina Silva se filiasse ao PSB , provocando uma reviravolta no cenário eleitoral, para que surgissem as mais inacreditáveis vozes para condenar sua falta de consistência. Lula e Dilma podem, como fazem há dez anos, abraçar e beijar o que há de pior na política brasileira. Marina, não.
     Para essa gente, ela deveria ter se enfiado no primeiro avião para o Acre, deixando o caminho aberto para a reeleição.

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