terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pela liberdade, sempre

     O noticiário não deixa dúvidas: a decisão de interferir no sistema de comunicação do país, através da imposição de limites às grandes corporações, tem toda a legitimidade que pode ser obtida por uma instância final de Justiça, como é o caso da Suprema Corte Argentina. E os juízes decidiram que os quatro artigos da Lei de Mídia proposta pelo Governo são validos e constitucionais, apesar de avançarem sobre direitos adquiridos, por exemplo.
     A questão principal não é a legalidade da decisão, em si, mas a vitória de uma evidente e nefasta corrente que avança sobre a liberdade de expressão, apenas e tão somente quando essa liberdade não atende aos seus interesses pessoais. Fosse o Clarin - o objeto maior da lei argentina - uma voz consonante, e o Governo Kirchner jamais teria tido essa iniciativa, ornada de maneira e apresentar ares libertários.
     Cristina Kirchner, assim como seus pares sul-americanos mais próximos, como os também medíocres presidentes venezuelano, equatoriano e boliviano (para ficarmos apenas entre alguns de língua espanhola), não estão preocupados em democratizar a informação, através da pulverização. Nunca estiveram. O que anseiam, na verdade, é poder calar os que consideram rivais, por denunciarem seus desmandos, e adoçar a boça dos asseclas, com verbas oficiais.
     Aqui nas terras brasileiras, o ex-presidente Lula não perde oportunidades de lançar suas aleivosias contra os meios de comunicação, "as sete famílias", como ele costuma destacar, inconformado com o fato de suas trapaças políticas e comportamentos indecentes serem divulgados. O mais medíocre presidente da nossa história e seu partido, o PT, mantêm acesa a esperança de, um dia, aprovarem a tal regulamentação da mídia, o eufemismo que usam para fingir que não estão tratando da velha e canalha censura.
     Extremistas, de qualquer matiz, têm essa característica em comum: o ódio à liberdade de expressão, a vontade de determinar, também, o que deve ou não deve ser oferecido à reflexão da sociedade. Foi assim na antiga União Soviética, continua sendo na sofrida Cuba, na lastimável Coreia do Norte, no Irã, na China. Foi na Alemanha nazista, onde o poder da propaganda cegou grande parte da população. Foi no Brasil, durante os governos militares, quando convivemos com a censura.
     É inimaginável - a interferência na liberdade de expressão - em nações como os Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Suíça.

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