quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Um momento imoral

     A posse do agora novamente deputado federal José Genoíno, do PT de São Paulo, sintetiza um dos momentos mais melancólicos da vida política brasileira, pelo que desafia a integridade e a decência públicas. Embora reconhecidamente legal, sua investidura no Congresso é lamentavelmente imoral.
     Condenado à cadeia - sim, à cadeia, pois prisão semiaberta deve ser cumprida em instituto penitenciário -, José Genoíno não teve a decência de se sentir impedido de participar - ironia absoluta - do Poder Legislativo. Também não se acanhou de receber abraços efusivos em uma solenidade que ficou marcada - queiram ou não petista e assemelhados - pela indignidade.
     O ato, em si, é uma afronta não apenas - e já seria muito - ao Supremo Tribunal Federal, nossa mais alta Corte, mas à sociedade brasileira, no que tem de decente. É, ainda, uma postura arrogante e claramente desrespeitosa, infelizmente comum ao Partido dos Trabalhadores, que, embora soterrado por escândalos, insiste em atitudes desafiadoras, a exemplo do que sempre fez seu líder maior.

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