domingo, 27 de janeiro de 2013

Escândalos sem limite

     O que dirá a presidente Dilma Rousseff sobre as reações enojadas da Nação decente ao tomar conhecimento de novos detalhes da pilantragem descoberta pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, evidenciando a estreitíssima ligação do advogado-geral da União, o petista Luís Inácio Adams, com o esquema de fraudes de pareceres? Será que vai acusar os 'descrentes', como fez ao lançar sua campanha pela reeleição, aproveitando o engodo do anúncio da redução das tarifas de eletricidade? Vai jogar a culpa de tudo nos 'inimigos' da Pátria?
     É bem mais provável que faça como seu antecessor e ela mesma vêm fazendo há dez anos: fingindo que o problema é na casa do vizinho, e não embaixo (ou em cima ...) da própria cama. O Estadão revelou nova leva das conversas indecorosas entre membros dessa deplorável Era Lula, envolvendo gente dos mais diversos escalões. Sobra, até, por tabela, para o ministro da Educação, Aloísio Mercadante.
     As investigações ainda estão sendo aprofundadas. Há a possibilidade real do envolvimento de mais do que os 24 indiciados no primeiro instante. Como em tudo que envolve o esquema de poder dominante, as ramificações vão se alastrando por toda parte, como uma praga.
     Os últimos dez anos, marcados - não se pode negar - pela inclusão social de milhões de brasileiros, estão, para sempre, associados à mais alta dose de roubalheira institucional da história do país, em todos os tempos. Nunca tantos roubaram tanto, em tão pouco tempo. Do Mensalão - a parte que ficou patente, uma espécie de iceberg da contravenção - aos sete ministros demitidos no primeiro ano do Governo Dilma, passando pela CPI do Cachoeira, sufocada no momento em que começou a voltar seu foco para os esquemas destinados a beneficiar campanhas e políticos companheiros.
     Ao longo desses dois anos de vida do Blog, sempre que me refiro a um escândalo dessa lamentável fase da nossa vida, faço questão de ressalvar que é apenas o mais recente, jamais o último. Os fatos acabam por comprovar essa sensação. A onda de assaltos aos cofres públicos não tem fim. Ela apenas se renova e modifica. A essência, no entanto, é a mesma.
     Nosso país, venho me repetindo, infelizmente, é gerido por ladrões.

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